Casos de dengue caem 29,2% na cidade de São Paulo
Os casos confirmados de dengue na cidade de São Paulo caíram 29,2% este ano, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde. Até a semana epidemiológica 15 de 2021 – período que abrange janeiro até meados de abril – houve 3.511 ocorrências. Até a mesma semana epidemiológica de 2022, foram 2.485 casos. Em todo o ano passado e até meados de abril deste ano, a secretaria não registrou nenhuma morte por dengue na cidade.
Segundo a secretaria, a capital intensificou a vigilância dos casos de dengue e outras arboviroses e ampliou o combate ao mosquito Aedes aegypti – que transmite a doença -, com requalificação dos técnicos e agentes de zoonoses e investimento em novos equipamentos e processos de trabalho.
As ações desenvolvidas na cidade para combate à doença incluem visitas casa a casa; visitas a pontos estratégicos; controle larvário nos pontos estratégicos com o uso de larvicida biológico; bloqueio de transmissão de casos humanos de dengue, zika e chikungunya; e uso de teste rápido para dengue para direcionar os bloqueios de transmissão, além de ações educativas, de comunicação em saúde e mobilização social.
Comportamento cíclico
A dengue apresenta habitualmente comportamento cíclico, com períodos epidêmicos. De acordo com a secretaria, o último ano epidêmico da doença, tanto em São Paulo, capital, como no estado de São Paulo e no Brasil, foi o de 2015.
“Em 2019, houve aumento nas notificações e casos confirmados, porém, com média transmissão na capital, o que em 2020 não foi observado, pois houve baixa transmissão”, acrescentou.
Em todo o ano de 2015, foram 103.186 casos da doença na cidade, segundo boletim da secretaria municipal de Saúde. Em 2019, houve 16.966 casos, caindo para 2.026 em 2020, o primeiro ano da pandemia de covid-19. Em 2021, também considerando o ano inteiro, foram 7.435 casos.
“O ano de 2020 não pode ser utilizado como parâmetro para comparações dos casos de dengue na capital. O isolamento social imposto pela pandemia de covid-19 trouxe uma situação atípica de baixa circulação de pessoas e uma queda acentuada no número de casos”, informou a Secretaria de Saúde.
Edição: Kleber Sampaio