MP denuncia ex-servidor por atentado contra chefe de gabinete da Prefeitura de Marília
O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) denunciou, na quarta-feira (19), o ex-servidor municipal Alessandro Pereira dos Santos pelo atentado contra Levi Gomes (Foto Abaixo), atual chefe de gabinete da Prefeitura de Marília (SP), à época secretário municipal da Fazenda.
O caso foi registrado em 27 de abril de 2022, quando Levi caminhava no bairro Maria Izabel, na zona leste da cidade. A vítima disse que, ao perceber o avanço de um carro na direção dele, se jogou atrás de alguns arbustos, para evitar os disparos contra ele.
Na denúncia, o promotor Rafael Abujamra apontou que o acusado e um comparsa ainda não identificado teriam tentado matar a vítima por “motivos não esclarecidos”. Ele acusa Alessandro dos Santos de ter efetuado os três disparos contra Levi. Nenhum deles atingiu o ex-secretário da Fazenda de Marília.
Ainda segundo o MP, Alessandro foi reconhecido por Levi como o responsável pelo ataque, mas ele negou a participação no crime e responde ao processo em liberdade.
O documento ainda aponta que, para cumprir o objetivo, os acusados sabiam da rotina do ex-secretário e se dirigiram até a região da residência dele.
Durante o inquérito policial, o acusado chegou a ser interrogado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e negou o crime. Após a denúncia, o caso segue para apreciação do juiz Fabiano da Silva Moreno, da 3ª Vara Criminal.
O g1 tenta contato com a defesa do denunciado.
O caso
Em abril de 2022, o então secretário municipal da Fazenda de Marília denunciou ter sofrido uma tentativa de homicídio no bairro Maria Izabel.
Segundo informações da polícia, o ex-secretário havia saído para caminhar, por volta das 5h, quando foi surpreendido por uma dupla armada que estava em um carro.
Ele contou aos policiais que notou um carro diferente estacionado na rua e que quando passou pelo veículo, o motorista saiu em alta velocidade até perto da Santa Casa e parou. Um vídeo de câmera de segurança, divulgado pouco depois do crime, mostrou detalhes da movimentação desse veículo.
O secretário disse ainda que estranhou a movimentação, e então, mudou o trajeto e escondeu atrás de uma vegetação. Foi quando o carro parou em um cruzamento e o passageiro colocou o braço para fora com uma arma em punho.
O homem teria feito três disparos. Levi disse que rastejou e correu após os disparos. Já o motorista do carro saiu em direção ao bairro Cascata e o veículo não foi mais visto.
A Polícia Militar foi acionada e a perícia técnica da Polícia Civil também esteve no local, onde três cartuchos foram encontrados.
Na época, Levi foi levado para prestar depoimento na Central de Polícia Judiciária e o caso foi alvo de investigação pela Polícia Civil.
Do G1
