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Dia Mundial do Veganismo: veja mitos e verdades sobre a alimentação

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Veganos adotam estilo de vida sem proteína animal
Divulgação

Veganos adotam estilo de vida sem proteína animal

Para uns, uma dieta restritiva. Para outros, um estilo de vida motivado por inúmeras razões como consciência ambiental, consumo sustentável, proteção animal e desejo de se alimentar de forma mais saudável. Às vezes controverso e inquestionavelmente em evidência, o veganismo é um comportamento que vai além do corte das proteínas animais, mas exclui o consumo de qualquer tipo de produto de origem animal, como tecidos, cosméticos testados em animais, atrações culturais que explorem os animais e qualquer outra atividade que cause riscos ou dor às espécies.

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Aproximando-se de uma questão social, o veganismo defende os direitos e o bem-estar dos animais. A definição oficial da Vegan Society declara que é “uma filosofia e um modo de vida que busca excluir — na medida do possível e praticável — todas as formas de exploração e crueldade contra os animais para alimentação, vestimenta ou qualquer outro propósito; […] Em termos dietéticos, denota a prática de dispensar todos os produtos derivados total ou parcialmente de animais”.

Por ser um hábito alimentar estritamente plant-based, o veganismo aguça a curiosidade da população e instiga alguns mitos e questionamentos. Uma coisa é certa: o veganismo está crescendo cada vez mais no Brasil. Em pesquisa feita pelo Ibope Inteligência em abril de 2018, 14% da população brasileira já se considerava vegetariana, ou seja, 30 milhões de brasileiros.

A mesma pesquisa revelou que nas regiões metropolitanas de São Paulo, Curitiba, Recife e Rio de Janeiro, esse índice é ainda maior, chegando a 16% da população. Em termos comparativos, houve um crescimento de 75% em relação ao ano de 2012, quando a mesma pesquisa foi realizada. Os veganos não ficam para trás: 3,2% dos brasileiros, ou seja, sete milhões são veganos. 

Inspirados pelo Dia Mundial do Veganismo, celebrado em 1.º de novembro, que também marca o início do mês mundial do veganismo, especialistas da Jasmine Alimentos, empresa referência em alimentação saudável do país, desmistificam alguns conceitos equivocados sobre o estilo de vida. 

Cuidado com os mitos populares! 

Veganos têm deficiência de cálcio? Por mais que os leite de origem animal como da vaca, de cabra e de búfala sejam fontes expressivas de cálcio, não são a única forma de se obter cálcio. Alimentos como feijão branco, brócolis, chia, aveia, semente de gergelim são ricos com o mineral. 

O veganismo é contraindicado para menores de idade? Crianças e adolescentes também podem ser veganos, mas é necessário cautela! Menores veganos devem ter acesso a uma dieta bem planejada e com boa orientação médica para crescer e se desenvolver de maneira saudável. O corte repentino de alimentos sem atenção e sem as substituições corretas pode causar deficiência nutricional. 

Há muito mitos acerca da alimentação vegana
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Há muito mitos acerca da alimentação vegana

Veganos tendem a ter deficiência de ferro? A principal quantidade de ferro para o organismo humano vem dos vegetais. Uma alimentação vegana que contenha leguminosas, folhas verdes-escuras, sementes e oleaginosas vai atingir as metas desejáveis do mineral. 

Alimentos veganos são feitos apenas com soja? É equivocado afirmar que todos os produtos são feitos à base de soja, tendo em vista a variedade de alimentos veganos derivados de castanha-de-caju, de amêndoas, de coco e de muitos outros grãos, leguminosas e vegetais.

Veganos não consomem proteínas? O consumo de proteínas na alimentação vegana é proveniente dos vegetais, presentes principalmente nas leguminosas, como feijão, lentilha, grão-de-bico, quinoa, amaranto, aveia, oleagisnosas e sementes de girassol e abóbora. 

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Comidas veganas são sem graça e trabalhosas? A alimentação vegana não se resume à salada e a alimentos crus. Há muitas receitas para inspirar e mostrar que alimentos veganos podem ser saborosos. 

Benefícios do estilo de vida vegano

Dieta vegana previne doenças crônicas? Diversos estudos científicos comprovam os benefícios da alimentação sem produtos de origem animal, reduzindo consideravelmente a incidência de doenças cardiovasculares, podendo contribuir para a perda de peso, redução dos índices de colesterol, além da hipertensão arterial e alguns tipos de câncer. Vale lembrar que a dieta vegana reúne alimentos repletos de fibras, vitaminas, minerais e proteínas que não têm colesterol e gordura saturada presentes nos produtos animais.

Dieta vegana protege os rins? Uma alimentação plant-based está associada à diminuição de fatores de risco relacionados à doença renal, visto que esses alimentos têm um maior aporte de fibras e antioxidantes, combatendo possíveis inflamações  e o estresse oxidativo do organismo. 

Alimentação vegana  automaticamente é sinônimo de saúde? Não. Assim como quaisquer outros alimentos, produtos veganos também podem ser ultraprocessados e recheados de conservantes que estão diretamente relacionados ao aumento do peso corporal, maior propensão e/ou agravamento de câncer, disfunções em glicemia, insulina e pressão. Por isso, é importante prestar atenção ao rótulo e priorizar os alimentos in natura e os industrializados feitos com ingredientes de verdade.

Existem produtos embalados sem adição de quaisquer substâncias artificiais. “Os alimentos processados são aqueles que foram submetidos a processos físicos como assamento, resfriamento e fabricados em equipamentos industriais específicos. A inclusão de ingredientes ou aditivos naturais, a fim de preservar e dar mais cor e sabor aos alimentos, é segura”, explica a gerente de P&D da Jasmine Alimentos, Melissa Carpi. 

Segundo estudo da Allied Market Research, o mercado vegano deve alcançar US$ 36,3 bilhões até 2030, quase o dobro de 2020 (US$ 19,7 bilhões).  

Fonte: IG Mulher

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