Cirurgião investigado por estupro contra paciente é preso em São Roque
Um cirurgião plástico que é investigado por estupro contra uma paciente em São Roque foi preso nesta sexta-feira (2). A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Segundo a SSP, a Polícia Civil de São Roque deu cumprimento ao mandado de prisão preventiva contra o médico durante a “Operação Hipócrates”.
Ele foi capturado, com o apoio do 5º Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual, na Rodovia Raposo Tavares. Depois disso, o médico foi levado à cadeia de Votorantim (SP) para ser apresentado em audiência de custódia.
Ainda conforme a SSP, as equipes também estiveram na casa do médico, em Sorocaba (SP), em razão de um mandado de busca e apreensão, mas nada de interesse da investigação foi localizado.
Os advogados de defesa do médico, Glauber Bez, Rafaela Machado Martins, Vinícius Bastos Santos e Alexandre Budemberg, informaram que já estão tomando todas as medidas judiciais cabíveis.
“Não concordarmos com a motivação da decisão que decretou a prisão preventiva. Acreditamos que nosso pedido será aceito pelas cortes superiores, uma vez que atuamos e apresentamos muitas provas durante as investigações, isso porque nosso cliente sempre esteve à disposição da Justiça. Não é justo, não é correto, não é cabível a prisão neste momento. Vamos até o fim, a verdade irá aparecer, e a justiça será feita.”
Investigação
Um inquérito foi instaurado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) após uma denúncia de estupro feita por uma paciente contra um cirurgião plástico de São Roque (SP)
De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela vítima, o homem teria encostado a mão nas partes íntimas e nos seios dela, além de ter encostado o pênis em sua mão. Ao g1, a mulher explicou que estava sob efeito de remédios e não soube identificar o assédio no momento.
“Eu estava me recuperando de uma cirurgia feita com esse médico e voltei ao consultório para que ele visse o curativo. Ele começou a apalpar meus seios e a encostar em minhas partes íntimas, sendo que o procedimento que eu havia feito não era nessas partes do corpo. Fiquei muito nervosa”, disse.
Ela também alega que o abuso se repetiu em um segundo retorno pós-cirúrgico e que, depois disso, decidiu ir até a DDM e registrar o boletim de ocorrência. “Me sinto horrível, violada. Isso não pode acontecer com outras mulheres”, diz.
Do G1