Nissan Magnite: veja detalhes do novo SUV subcompacto que virá ao Brasil
A Nissan inaugurou sua fábrica em Resende (RJ) em 2014, quando se imaginava que as vendas de automóveis no Brasil chegariam a 4,5 milhões de unidades por ano. Mas, desde então, o mercado de carros novos como um todo apenas caiu.
Em junho de 2020, por conta dos efeitos econômicos da pandemia, a fábrica da Nissan reduziu sua produção de dois para um turno. Com isso, 398 trabalhadores perderam seus empregos. A marca tenta se reerguer do impacto que fez a produção da indústria automotiva nacional cair 31,6%, recuando 16 anos ; e o lançamento de um novo crossover será fundamental para manter as operações aquecidas no Brasil.
O próximo modelo inédito da marca no Brasil será o Magnite , utilitário compacto apresentado na Índia em outubro do ano passado. Feito em uma variação da plataforma do Kwid, o modelo será produzido na fábrica da Renault em São José dos Pinhais (PR), onde também dará origem a um modelo bem semelhante da marca francesa, o Kiger.
A produção dos modelos é aguardada apenas para 2022, contando com o controle da pandemia do novo coronavírus e melhores condições financeiras para a montagem. Até lá, a Nissan continuará focando no marketing da dupla Kicks e Versa , apostando também na importação do SUV médio X-Trail e no possível retorno do sedã médio Sentra , ambos feitos no México.
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O Magnite é um SUV subcompacto e ficará abaixo do Kicks no portfólio da marca. Com 3,99 m de comprimento, 1,76 m de largura e 1,57 m de altura e 2,50 m de distância entre-eixos, o crossover tem porte de hatch. Na comparação com o primo Renault Sandero, o Magnite é mais curto (- 8 cm), mais largo (+ 2 cm) e tem entre-eixos menos generoso (- 9 cm).
O porta-malas do Magnite tem 336 litros de capacidade. Apesar de superar os 320 litros do compartimento do Sandero, o crossover da Nissan entrega menos espaço que os 405 litros disponíveis no Renault Kiger .
É natural que algumas medidas sejam alteradas na comparação com a Índia, mas julgando que a Renault não fez mudanças no tamanho do Kwid, há grandes chances do NIssan Magnite ser lançado no Brasil com estas proporções.
No visual, o Magnite se destaca por suas linhas musculosas, que tentam neutralizar o fato do modelo ser um subcompacto. Ele lembra bastante o facelift do Kicks, apesar dos faróis estreitos com LEDs em formato de “L” no para-choque. Na traseira, as lanternas seguem a mesma linguagem do SUV compacto.
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Equipamentos
O Magnite tem quatro versões no catálogo indiano, sendo elas XE, XL, XV e XV Premium. Entre os itens de série, o crossover integra sensor de estacionamento, ar-condicionado, computador de bordo e direção elétrica
Nos pacotes intermediários, o Magnite passa a contar com assistente de partida em rampas, controle de estabilidade e tração, câmera 360°, chave presencial, monitoramento de pressão dos pneus e central multimídia de 8 polegadas com pareamento para os sistemas Android Auto e Apple CarPlay. Dessa forma, o motorista poderá reproduzir aplicativos como Google Maps, WhatsApp e Spotify no próprio veículo.
Na comparação com o Kiger, o Magnite tem menos equipamentos. O modelo da Renault inclui sistema de som premium Auditorium 3D Sound by Arkamy, carregador de celular por indução e ar-condicionado digital, equipamentos ausentes no Magnite indiano.
Mecânica
O Magnite indiano chega às lojas com dois motores, em três opções de mecânica. Além do propulsor 1.0 aspirado de 70 cv que está sempre atrelado ao câmbio manual, o Magnite está disponível com novo motor 1.0 turbo de três cilindros, capaz de desenvolver 100 cv e que pode ser combinado a um câmbio manual de cinco marchas ou automático CVT.
Seu conjunto mecânico para o Brasil continua sendo um grande mistério. Entre as opções já disponíveis por aqui, a Nissan poderá equipá-lo com motor 1.0 SCe aspirado do Renault Kwid, desenvolvendo 75 cv de potência e 9,8 kgfm de torque.
Outra opção é o motor 1.0 SCe das versões básicas do Sandero, que entrega 82 cv de potência e 10,5 kgfm de torque. Na prática, é o mesmo motor do Kwid, porém integrando variador de fase.
Para as versões mais caras, o Magnite poderá contar com motor 1.6 da família Sandero e Logan, este desenvolvendo 118 cv de potência e 16 kgfm de torque. Neste caso, o modelo poderia ganhar até mesmo uma versão CVT, com preços mais elevados.
Preço
O valor cobrado pelo Nissan Magnite nas concessionárias dependerá do preço do dólar em 2022. Na Índia, o modelo parte do equivalente de R$ 35 mil nas versões básicas, chegando a R$ 66 mil nas versões mais equipadas com motor turbo e câmbio automático.
Dessa forma, o Magnite deverá ser o novo modelo mais barato da Nissan no Brasil. Desde que o compacto March saiu de linha no ano passado, este posto é ocupado pelo Versa V-Drive , de R$ 61.990.