Veículos sinistrados aumentam os riscos de acidentes de trânsito
De acordo com dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) – braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas, mundialmente, cerca de 1,35 milhão de pessoas morrem a cada ano em decorrência de acidentes no trânsito.
Só para reforçar da gravidade do problema que vem de encontro com o mês do “Maio Amarelo” , uma campanha de conscientização sobre segurança no trânsito, os acidentes custam à maioria dos países 3% de seu produto interno bruto (PIB). No Brasil , essa cifra ultrapassa os R$ 130 bilhões todos os anos, segundo estudo de 2016 da Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP).
E isso é um reflexo da falta de consciência dos motoristas e de fiscalização por parte de suas autoridades e dos órgãos competentes, pois os veículos que deveriam sair de circulação, acabam recuperados e revendidos, inclusive pelo valor real de mercado.
“É uma falha crônica do sistema de registro em todo o Brasil , por falta de soluções sistêmicas robustas e integração entre os diversos sistemas municipais, estaduais e o federal, que possam registrar realmente todos os acidentes ocorridos. Sem isto, não é possível controlar a reparação adequada dos veículos”, alerta o diretor executivo da Federação Nacional da Inspeção Veicular (FENIVE) , Daniel Bassoli.
Ainda segundo Bassoli, levantamentos recentes mostram que a frota brasileira é a mais velha em 25 anos, com carros que deveriam estar fora de circulação por falta de condições de segurança ou por terem se envolvido em acidentes e voltado a circular indevidamente.
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) está trabalhando junto ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) para a proposição de soluções sistêmicas para maior controle dos veículos sinistrados.