Com crise da indústria e alta nos preços de usados, locadoras são uma opção
Para quem depende de um veículo para se locomover, e não tem condições de investir em um novo e tampouco quer se arriscar em um seminovo, alugar um carro pode ser uma estratégia interessante.
De acordo com a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) , a indústria automotiva registrou a quarta queda mensal nas vendas de veículos zero por falta de produtos no mercado como chips, por exemplo. A entidade revelou que o resultado da indústria em setembro foi o pior desde 2005, com vendas de 155 mil automóveis.
Com carros novos a preços altos e a supervalorização dos seminovos, cada vez menos, as pessoas terão acesso à compra de carros novos. Colocando na ponta do lápis, o aumento atual do preço do carro novo somado ao juros real, vai gerar um aumento superior a 50% ou 60% na média de modelos zero quilômetro, se comparado com o valor antes da crise.
Dessa forma, para andar de carro novo, a assinatura de veículos passa a ser a melhor opção. No mercado corporativo, as empresas vão optar pela terceirização de frotas, uma vez que o valor investido no carro alugado tende a ser mais barato do que o carro comprado.
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Na contramão dessa estimativa, o André Ricardo Vieira, CEO da Solution4Fleet, acredita que 2022 será um ano positivo para o mercado de locação e assinaturas de carros.
“Outra estratégia que enxergo como oportunidade para as locadoras será o aluguel de seminovos . Essa modalidade deve se destacar no próximo ano, já que o valor do serviço tende a ser mais baixo do que o de carro zero”, conta Vieira.
Ainda de acordo com o executivo, as perspectivas para o setor, infelizmente, não são muito positivas para 2022 também. “Em conversas que tive com os fabricantes de automóveis, a previsão é que 2022 continue difícil, com baixa produção e alta do preço do carro zero. Hoje, as locadoras já contam com um atraso de 800 mil veículos para serem entregues”, finaliza.