Stellantis testa tecnologia de recarga por indução no asfalto
A Stellantis planeja que a Fiat venda apenas veículos eletrificados na Europa até 2030. E além de desenvolver modelos e tecnologias para seus carros, agora a fabricante está desenvolvendo uma tecnologia para as estradas.
Na “Arena do futuro”, uma pista de testes experimental localizada em Chiari, na Itália, a Stellantis testa uma tecnologia que carrega os veículos enquanto eles passam pela pista, e informou ter conseguido níveis de eficiência similar aos das estações de recarga rápida.
A pista possui um sistema de bobinas instaladas sob o asfalto que transfere energia diretamente para os veículos, quando equipados com um receptor especial. A energia vai diretamente para os motores, permitindo que se movam sem utilizar energia das baterias.
A “Arena do Futuro” usa corrente contínua para distribuir energia , e cabos de alumínio bem finos, ao invés de cobre, para tornar o projeto mais em conta e mais prático.
Segundo a fabricante, no projeto não existem cabos expostos, e a rodovia apesar de ser eletrificada, é segura para as pessoas trafegarem a pé.
“Nosso plano estratégico Dare Forward 2030, é baseado na premissa de trazer liberdade em mobilidade a todos, e esse projeto é a essência de onde estamos indo como empresa”, declarou Anne-Lise Richard, chefe de mobilidade elétrica global da Stellantis.
“Esses projetos podem ser grandes passos na mobilidade elétrica e irão diminuir a ansiedade sobre a autonomia da bateria, aumentar a eficiência e diminuir peso e custos das baterias”, concluiu a executiva. Nos testes, a fabricante afirma que conseguiu fazer um Fiat 500 elétrico trafegar em velocidades “de rodovia” sem usar nenhuma energia das baterias.
Além disso, a Stellantis afirma que a tecnologia é segura, já que conduziu testes de intensidade de campo magnético, que não mostraram nenhum impacto no motorista envolvido no teste.
Essa tecnologia pode ser revolucionária para a utilização de veículos elétricos , permitindo que façam longas viagens sem necessidade de reabastecimento, porém, ainda há muito caminho de estudo pela frente.