Honda NC 750X: DCT ou manual?
Paro no semáforo com a Honda NC 750X e um motociclista para ao lado, já perguntando: “Essa aí não tem embreagem, certo?” De tão polido que ele foi ao perguntar, resisti ao impulso de responder: “Pelo contrário, ela tem não só uma, mas duas embreagens!”
Apesar de ser verdade, achei que não teria tempo de explicar melhor antes que o semáforo ficasse verde e limitei-me a dizer, apenas, que sim, mas, na verdade, o que ela não tem é apenas o manete da embreagem . E, é claro, não tem, também, o pedal do câmbio.
Sem entrar em uma explicação mais precisa, com muitos detalhes técnicos, na prática é como dizer que existem dois câmbios na Honda NC 750X DCT , um para as marchas ímpares e outro para as marchas pares, e que cada um deles tem sua própria embreagem. Então, são dois câmbios e duas embreagens, dentro da mesma carcaça.
No câmbio DCT da Honda NC 750X, tanto o acionamento das embreagens quanto a troca de marchas são feitos automaticamente, como em um câmbio automático convencional de um automóvel, mas é possível fazer as trocas de forma manual, utilizando-se os comandos do punho esquerdo do guidão. Com o dedo indicador, as marchas sobem, com o polegar, as marchas descem.
Mas, no final das contas, qual é o sistema mais adequado para uma motocicleta, o automático DCT ou o manual, convencional? A Honda NC 750X pode ter os dois sistemas, com o câmbio M/T a motocicleta é produzida em Manaus, AM, e, com o DCT, é importada do Japão.
Na hora de escolher o melhor sistema para cada tipo de utilização, ou mesmo de acordo com o gosto do comprador, o valor total do investimento na compra de cada uma leva em conta essa diferença de origem, já que, obviamente, a versão importada tem maior valor, não apenas pelo sistema mais caro, mas também pelos custos da importação.
Apesar do porte de um modelo trail, Honda NC 750X é uma motocicleta urbana, com um bom compromisso, também, para viagens. Ou seja, é uma motocicleta muito versátil, com características diversas, caracterizada como crossover.
Assim sendo, para uma utilização mais urbana, no dia a dia, o câmbio DCT é uma mão na roda, tornando a motocicleta bem mais ágil e fácil de ser pilotada. Se for para um uso mais intenso em estradas, o câmbio convencional pode ser mais adequado, principalmente por tornar a motocicleta mais acessível.
Na sua mais recente renovação, a Honda NC 750X ganhou acelerador eletrônico e, com ele, vieram os modos eletrônicos de pilotagem, que, se selecionados adequadamente, facilitam muito a pilotagem. São três modos de pilotagem pré-selecionados (Rain, Standard e Sport), mais um programável pelo piloto (User). O controle de tração é outro facilitador que veio com o novo sistema, ajustável em três níveis.
A escolha, então, entre a Honda NC 750X M/T e a Honda NC 750X DCT , dependerá da principal utilização da motocicleta, do gosto do dono e, principalmente, da vontade de gastar uma graninha a mais para ter um produto mais equipado.
A NC M/T custa, por sugestão do fabricante, R$ 49.700, enquanto que a versão DCT custa R$ 59.668. Sim, uma diferença de praticamente R$ 10 mil. Os valores pedidos nos diversos pontos de venda espalhados pelo país podem ser um pouco diferentes, tanto devido ao valor do frete, adicionado ao valor da motocicleta, e à situação de mercado, devido à oferta e a demanda.
Vale consultar, também, a boa lista de equipamentos opcionais, vendidos como acessórios originais Honda , como as maletas laterais, o baú traseiro de 38 litros, o cavalete central, parabrisa mais alto, ponto de energia USB no compartimento de carga, suporte traseiro, protetor de carenagem e faróis auxiliares. Tudo isso por cerca de mais uns R$ 20 mil. Depois, é só escolher uma e sair por aí.