Já faz um ano que a Honda apresentou a nova Africa Twin, com motor aumentado de 1.000 cm 3 para 1.100 cm 3 e a com a opção da transmissão DCT. Na ocasião, fizemos uma viagem com as novas motocicletas, mas agora chegou a vez de compará-las no uso cotidiano. Isso além de lembrar de suas características, afinal, um ano se passou.
Com relação ao porte das duas motocicletas , nada muda entre a Africa com câmbio convencional e a com câmbio DCT. Apesar do tamanho, elas são bastante maneáveis e ágeis, especialmente em movimento . Como toda motocicleta alta e relativamente pesada, é muito importante que se tome muito cuidado em manobras parada ou em baixas velocidades.
Foi uma semana rodando com as duas motocicletas, basicamente apenas em ciclo urbano, ambas com o sistema de transmissão DCT . É claro que a Honda CRF 1100L Africa Twin não é a motocicleta mais apropriada para uso diário, principalmente em cidades com trânsito pesado, mas isso é perfeitamente possível. Alguém que tem apenas uma motocicleta e optou pela Africa, logicamente que deverá tirar o melhor proveito de sua utilização, seja onde for.
A dúvida é: Africa Twin “normal” ou Adventure Sports? Se começarmos a lista de diferenças pelo visual, eu acho a cor vermelha mais chamativa e, por isso, mais bonita.
E essa cor é exclusiva da Africa Twin standard , que tem, ainda, a opção da cor preta, mas apenas na versão com câmbio manual MT, convencional. Já a versão Adventure Sports só está disponível na cor branca, com alguns detalhes em azul e vermelho, tanto nas DCT quanto na MT.
Linda, também, mas é uma questão de gosto. Bom seria se o comprador pudesse escolher qualquer cor para todas as versões . Melhor ainda, se existissem outras cores, com outros grafismos, e esse desejo valeria para quaisquer outras motocicletas.
As principais diferenças entre a Africa Twin standard e a Adventure Sports são três, além dos grafismos, o tamanho do tanque de combustível, as rodas e as suspensões. Mas há outras diferenças.
Na Honda CRF 1100L Africa Twin de entrada, o tanque de combustível tem 18,8 litros de capacidade, contra os 24,6 litros da Adventure Sports. Para um consumo estimado entre 16 e 20 km/litro, a autonomia da Africa Twin standard ficaria em torno dos 300, 350 km, dependendo da toada.
Já a Adventure Sports , na mesma tocada, poderia percorrer algo como 400 a 500 km com um tanque. Só nessa comparação, podemos dizer que a versão mais equipada (e mais cara) seria a melhor opção para longas viagens. Mas há também outras considerações para isso.
As rodas de todas as versões da Honda CRF 1100L Africa Twin são raiadas, de 21 polegadas na dianteira e 18 polegadas na traseira. A diferença, no entanto, é que a Adventure Sports utiliza pneus sem câmara, e para isso os raios das rodas são fixados nas laterais dos aros, que são dourados. A Africa Twin standard tem os raios fixados no centro dos aros, que são pretos.
A maior diferença está nas suspensões , garfo invertido Showa na dianteira e Pro-Link na traseira, com cursos de 230 mm e 220 mm, respectivamente, tanto na Africa Twin de entrada quanto na Adventure Sports.
Só que as regulagens na primeira são manuais, de compressão, retorno e pré-carga da mola traseira, enquanto que na AE as regulagens são eletrônicas, feitas por meio do painel da motocicleta , de TFT. Essas regulagens também podem ser pré-definidas de acordo com modos eletrônicos de pilotagem. Na Adventure Sports , as bengalas da suspensão dianteira são douradas, acompanhando a cor das rodas.
As outras diferenças entre a Africa Twin normal e a Adventure Sports são a bolha da carenagem, fixa e baixa na primeira e alta e regulável na AE, e os protetores de mãos, de maior tamanho na Adventure Sports do que na outra.
A Honda Africa Twin AE tem ainda, a mais do que na standard, as luzes de curvas (cornering lights), que consistem em três leds para cada lado, que vão acendendo conforma a inclinação nas curvas, manoplas aquecidas e bagageiro traseiro de alumínio, que vem com alças para o garupa. Esse bagageiro é, também, o suporte para o baú traseiro, opcional.
Quanto aos acessórios originais Honda, opcionais para todas as versões da Honda CRF 1100L Africa Twin , a lista é grande. O protetor de motor de alumínio custa R$ 2.565, as malas laterais de alumínio custam R$ 11.790, o baú traseiro custa R$ 5.215, as bolsas internas impermeáveis para as malas laterais curtam R$ 925.
Além disso, o assento mais baixo custa R$ 2.780, o cavalete lateral custa R$ 1.080, a mala de tanque magnética custa R$ 1.090, as pedaleiras de rali , com ranhuras, custa R$ 1.550 e, por fim, os faróis de neblina custam R$ 5.325, o protetor de carenagem custa 3.750.
Para a versão de entrada, ainda é possível incluir itens de série da Adventure Sports, como opcionais, como o bagageiro traseiro de alumínio , que custa R$ 4.650, o para-brisa alto (sem regulagem), que custa R$ 1.080, e os protetores de manoplas maiores, que custam R$ 275. A soma desses equipamentos chega a incríveis R$ 42.085.
As duas Honda CRF 1100L Africa Twin com câmbio DCT, que são importadas do Japão, custam R$ 88.100 e 109.130, respectivamente a standard e a Adventure Sports. Com câmbio manual, produzidas em Manaus, elas custam, respectivamente, R$ 75.510 e R$ 95.440.
Fonte: IG CARROS