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BMW IX xDrive50i: como o futuro se comporta no dia a dia do presente?

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BMW IX XDrive50i: SUV elétrico traz uma série de equipamentos que parecem ter vindo da ficção científica
Guilherme Menezes/ iG Carros

BMW IX XDrive50i: SUV elétrico traz uma série de equipamentos que parecem ter vindo da ficção científica

Mesmo depois de ter guiado o SUV elétrico pela primeira vez, em um trajeto pré-definido que partia de São Paulo até Riviera (no litoral de SP), ainda não tinha conseguido testar tudo o que o carro traz.

E nem entender como é o cotidiano de quem tem esse SUV elétrico , que custa R$ 667.950 na versão de entrada XDrive40i , ou R$ 800 mil na versão de topo testada. Para isso, a marca nos cedeu o IX novamente.

O reencontro com ele não deixou de ser algo impactante. Além do visual futurista da carroceria , do interior e da complexidade dos seus equipamentos, é um carro bem superlativo.

Traz rodas de 22 polegadas, mede 4,95 metros de comprimento, 1,97 metros de largura, 1,7 metros de altura e tem exatos 3 metros de distância entre-eixos. Mas como dissemos, é um carro “do futuro” , logo, seu coeficiente aerodinâmico supera a de muitos cupês esportivos, com cx 0,25.

Os materiais também são bem diferentes do comum. É concebido a partir de uma plataforma feita especificamente para carros elétricos , com estrutura que prioriza o aumento de rigidez e redução de peso. A sua construção mescla o uso de alumínio e fibra de carbono no monobloco.

E no exterior, além do visual que é composto por várias superfícies grandes e cortes bem afilados , a sua grade dianteira é bem peculiar.

Ainda na primeira revelação do carro — junto da BMW — foi demonstrado que, mesmo depois desta ser arranhada (com uma pedrinha na estrada, por exemplo), basta aplicar um soprador no local que o risco desaparece da superfície.

Quanto à eficiência, no melhor dos cenários para qualquer carro elétrico — que é o uso urbano — pode rodar até 630 km, antes de precisar recarregar. Desse modo, é um dos carros elétricos com maior autonomia do Brasil.

E apesar de seus 2510 kg, o conjunto de baterias do BMW iX , posicionado no assoalho, com 111,5 kWh na versão testada, preserva a boa capacidade de contornar curvas e, principalmente, acelerar como um verdadeiro esportivo.

Apesar de ser limitado a “apenas” 210 km/h (para as baterias não serem tão exigidas), vai de 0 a 100 km/h em 4,6 segundos.

Como isso é possível? Além da aerodinâmica que desafia as leis da física, para um carro de seu porte, o IX “50” é equipado com dois motores, um no eixo dianteiro e um no eixo traseiro.

Com isso, tem tração integral e 523 cv e 78 kgfm, entregues na velocidade com que se pisa fundo no acelerador.

O sistema de tração nas quatro rodas do BMW iX tem controle eletrônico e transmite exatamente a quantidade certa de torque para as rodas dianteiras e traseiras, de acordo com a necessidade.

No cenário mais comum, a condução é muito leve , mas acaba deixando transparecer a sua superlatividade em curvas mais arrojadas. De todo o modo, permanece sempre bem equilibrado.

Tudo isso foi responsável por muito silêncio, conforto e estabilidade na cabine. É tão sutil e tão estável, ao mesmo tempo, que até em velocidades mais elevadas, fica difícil assimilar que se está indo rápido demais — nas estradas, principalmente.

Por outro lado, não é fácil se acostumar com o fato de que ocupa muito espaço entre as faixas. Na cidade, acaba ficando mais vulnerável a encostadas por motociclistas e acabamos ficando dependentes do cuidado redobrado de outros motoristas.

Fácil crer que veio de outro planeta

BMW iX vem com interior minimalista e uma longa tela que ocupa quase toda a extensão do painel
Divulgação

BMW iX vem com interior minimalista e uma longa tela que ocupa quase toda a extensão do painel

No interior do BMW , vemos uma das disposições que mais se aproximam de um modelo conceitual.

Se quiser comandar a maior parte dos equipamentos do carro, pelo comando de voz, a assistência cuida da tarefa solicitada — ainda que, vez ou outra, o “robô” não entendesse o que estávamos querendo ordenar a ele.

Para mudar a rádio ou a música, basta gesticular com o dedo para os lados, que isso acontece. Para aumentar ou diminuir o volume do som, é só girar os dedos de forma circular . Certeza que se alguém de fora me flagrou fazendo isso, devia ter achado que eu sou louco.

Além disso, traz acabamento e materiais de primeira linha. Entre eles, cristais para o comando dos bancos e para o controle da multimídia. Outro grande barato está na função de massagem para o banco do motorista.

Os enormes clusters (painel de 12,3” e central multimídia de 14,9”) são integrados e flutuantes, O enorme teto solar, que vai até os bancos traseiros, conta com uma função que, ao toque de um botão, muda o vidro do estado translúcido para opaco, com seu filtro UV. Além disso, conta com ar-condicionado digital de 4 zonas

Até algo simples no IX , como ouvir música, acabou se transformando em algo diferenciado. Traz sistema de som premium, assinado pela Bower & Wilkins, com 30 alto-falantes, tecnologia 4D e 1.615W. Até nos bancos têm alto-falantes e subwoofers. Com isso, o som fica muito próximo dos ocupantes e contribui para deixar a música bem mais envolvente.

Como se não bastasse, o pacote Driving Assistant Professional engloba o controle de cruzeiro adaptativo, frenagem de emergência, alerta de tráfego cruzado, assistente de permanência em faixa e um conjunto de cinco câmeras, cinco sensores de radar e 12 sensores ultrassônicos ​​para monitorar os arredores do veículo.

Não entendemos tanto de drones , mas vejam só essa curiosidade. Coincidentemente, levamos um colega da redação para dar uma volta no carro (que manja mais desse assunto). Em um determinado momento, propositalmente, entramos em uma vaga de garagem que, para sair, seria tarefa quase impossível de executar.

Selecionamos a ré no câmbio, apareceu uma sugestão no painel para que o carro pudesse ajudar a sair da vaga , e quando clicamos em “aceitar”, por meio de um botão de “confirma” no volante, o carro utilizou todos os seus sensores para dirigir o carro sozinho na missão de sair da vaga. E fez parecer ser algo fácil.

Qual é o truque? Simples: ele percorre exatamente o mesmo trajeto de ida, para a volta (tal como os drones, conforme o nosso colega). Se o condutor do carro tentasse fazer o mesmo, gastaria um bom tempo e várias manobras, naquela ocasião em que estávamos.

Conclusão

O contato com o BMW IX é uma verdadeira odisséia. Apesar de tudo o que contribui para a proposta requintada do SUV , o que mais desperta a curiosidade pelo carro são os seus recursos.

Ainda que os comandos sejam dispostos de forma bem intuitiva, é preciso tomar um bom tempo para se ambientar com tudo. E quando tudo relacionado à parte estática do carro for visto, ainda tem tudo o que está relacionado com a dirigibilidade. 

Para quem gosta de tecnologias (como nós do iG Carros ), o IX é um “prato cheio”. Por outro lado, por mais dócil que o carro seja na condução normal, uma vez na rua, apresenta alguns desafios normais, para um carro como esses.

É difícil passar despercebido (logo, eu no lugar de quem for comprá-lo, não pensaria duas vezes antes de decidir blindá-lo). Além disso, demanda muita atenção do condutor para os veículos ao redor, especialmente nos centros urbanos. Guiar o BMW IX no meio do caos que é a cidade de SP, por exemplo, requer, sim, um cuidado especial.

FICHA TÉCNICA BMW IX XDRIVE50I

Preço: R$ 794.950

Motores: dois elétricos, assíncronos, 272 cv, 35,9 kgfm (diant.) 340 cv, 40,8 kgfm (tras.)

Baterias: íons de lítio, 105,2 kWh (líquidos); 0-100% a 11 kWh, 11h

Câmbio: automático 1 m., tração 4×4

Direção: elétrica

Suspensão: duplo A (diant.) múltiplos braços (tras.)

Freios: disco ventilado nas quatro rodas

Pneus: 235/60 R20

Dimensões: compr., 495,3 cm; larg., 196,7 cm; alt., 169,5 cm; entre-eixos, 300 cm; peso, 2.585 kg; porta-malas, 500 l;

Autonomia: 630 km

Fonte: IG CARROS

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