Clássico contemporâneo: Porsche 356
Desde o início do século XX, os cobiçados e esportivos da marca Porsche sempre conseguiram mesclar a tradição a mais alta tecnologia. E estar um passo à frente do tempo sempre foi regra básica para que os talentosos construtores alemães buscassem a perfeição ao fabricar cada exemplar da casa de Stuttgart.
Porém a saga dos clássicos da marca germânica vem antes do que se imagina. A família Porsche teve o reconhecimento de suas atividades na história automobilística em 1900, quando o automóvel ainda era uma novidade.
Assim, a Dr Ing HC Porsche GMBH Stuttgart , empresa criada em 1930 a partir de um singelo escritório na cidade de Stuttgart – na Alemanha, hoje é tida como um dos maiores e independentes fabricantes de carros esporte do mundo. Nasceu em meio a cenários bélicos, foi proibida de fabricar qualquer outro produto que não tivesse fins militares e sobreviveu às crises financeiras.
O resultado rendeu a empresa de Ferdinand Porsche o primeiro fruto, o 356º projeto que saiu da antiga serraria situada no município de Gmünd, na Áustria para os primeiros testes, em 1948.
Era o modelo 356 , o primeiro de produção em série da Porsche . Foi desenvolvido por Ferdinand “Ferry” Porsche , desenhado pelo mestre Erwin Komenda , e sua mecânica derivava do VW Fusca, 1.131 cc de quatro cilindros opostos e 40 cv refrigerado a ar que garantia 141 Km/h de velocidade final, graças aos 596 Kg. A caixa de câmbio com quatro velocidades também derivava do Fusca.
No início, a Porsche optou em fazer um conversível, pois nesse tempo, a fábrica não tinha recursos suficientes para bancar um modelo que possuísse teto, devido ao aumento do alumínio a ser usado.
Com os grandes pedidos de exportação, em 1951 a Porsche logo se viu obrigada a ter que mudar para Feurbach , próximo a Stuttgart, na Alemanha para conseguir atender a demanda.
Leia Também
Na Áustria, apenas um funcionário se encarregava de executar o trabalho de chaparia, a mão. Com a expansão nos negócios na nova sede, era lançado os modelos 1.100 cc Super, 1300, 1300 cc Super, 1.500, 1.500 cc Super e a interessante Speedster, com um para-brisa menor, mais inclinado e com uma capota conversível mais baixa em relação à usada no Cabriolet.
Em 1956, a Porsche – em seus 25 anos de história – lançava o 356 A 1.500 e 1.600 GS Carrera , oferecido nas versões Coupé, Cabriolet e Speedster. O nome de batismo ‘ Carrera’ dos 356 A , vem do espanhol que significa ‘ Corrida’, uma homenagem aos circuitos disputados nas estradas do México, a famosa Carrera Panamericana.
Podia se optar entre o motor de 1.500 cc Carrera de 100 cv passando pelos 1.600 e 1.600 cc Super com 60 cv e 75 cv, respectivamente. Três anos depois, era a vez do 356 B (Super 90) cujo nome denunciava a potência de 90 cv a 5500 rpm . Acelerava de 0 a 100 km/h em 10 segundos e atingia a máxima de 177 km/h.
Com o fim do Super 90 , em 1963, estreava no mercado o 356 C Coupé e Cabriolet com opções de 75 e 95 cv a partir das 5.200 e 5.800 rpm , nessa mesma ordem.
Em 1965, depois de 17 anos de sucesso, o último exemplar do Porsche 356 conversível de número 76.303 , deixava a sua linha de produção em Zuffenhausen. Hoje é o modelo mais cotado por colecionadores fanáticos, considerados por eles como sendo o único e verdadeiro Porsche.