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Novo Peugeot 208 encara Chevrolet Onix e Honda Fit

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Novo Peugeot 208 encara Chevrolet Onix e Honda Fit


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Peugeot 208
Carlos Guimarães/iG

Peugeot 208 encara os rivais Chevrolet Onix e Honda Fit: briga mostra que aparência não é tudo nem no mundo dos carros

Depois de sete anos do lançamento do Peugeot 208 no Brasil, a segunda geração do hatch compacto chega ao País com desenho de encher os olhos. Durante os dias em que a reportagem de iG Carros avaliou o modelo, não foram poucos os que não resistiram em fazer comentários do tipo “ficou bom esse carro, hein?”, ou “olha só que lindo!”. Pois bem, quando o assunto é visual, o hatch é (quase) uma unanimidade, mas ninguém vive apenas de aparências.

Por enquanto, tivemos acesso à versão topo de linha Griffe (R$ 94.990) do novo Peugeot 208 , que vem bem equipada, mas tem preço um pouco indigesto na comparação com os dois rivais desse comparativo, o Chevrolet Onix Premier (R$ 81.890) e Honda Fit EX-L (R$ 88.200).

A diferença se justifica pela inclusão de itens sofisticados e inéditos no segmento de hatches compactos no Brasil, como cluster digital com efeito 3D e um pacote de itens de segurança com alerta de colisão frontal, frenagem de emergência automática, auxílio de farol alto, reconhecimento automático de sinalização de velocidade, detector de fadiga e alerta e correção de permanência em faixa.

Porém, no dia a dia, pelo menos a maioria desses itens acabou não fazendo muita diferença. O reconhecimento de sinalização de velocidade, por exemplo, nem sempre mostrou o limite em vigor. E a correção de permanência de faixa é bem tênue e também faltou precisão para manter o carro na trajetória. Vale lembrar que, em ambos os casos, a qualidade da sinalização das vias é fundamental. O que é elogiável no novo 208 é o conforto e o acabamento dos bancos, revestidos de couro de dois tipos, um deles aveludado, o que confere um aspecto esportivo.

Também não há do que reclamar da ergonomia. Todos os comandos do Peugeot estão ao alcance das mãos e são fáceis de serem acionados, seguindo o mesmo padrão futurista da dupla de SUVs 3008 e 5008 . Até os porta-objetos estão no tamanho certo. Mas como deixaram de incluir as hastes atrás do belo volante para trocas sequenciais? Além disso, a central multimídia evoluiu pouco em relação ao 208 anterior, sem acesso à internet ou pareamento sem fio. No porta-malas, vão razoáveis 265 litros.

O Chevrolet Onix topo de linha pode parecer mais modesto que o 208, mas não é bem assim. Até se considerar o porte, chega a ser um pouco maior que o rivai da Peugeot (4,16 m de comprimento por 2,55 m de entreixos do GM, ante 4,01 m e 2,54 m do rival, respectivamente). Considerando a central multimídia, a do GM continua sendo a melhor disponível entre os hatches compactos , com acesso à internet 4G e, na linha 2021, Android Auto e Apple Car Play sem fio na versão Premier.

O interior do Onix topo de linha não é tão arrojado quanto o do 208, mas é de bom nível, com revestimento de couro, volante multifuncional de base achatada, textura diferenciada no painel e mostrador digital entre os principais destaques. Também há possibildade de trocas sequenciais do câmbio automático de seis marchas, mas de um jeito mais incômodo do que no Peugeot, ou seja, por um botão na própria alavanca. Porém, o GM leva um pouco mais de bagagem (275 litros).

E o Honda Fit EX-L é o mais versátil dos três, com o sistema de bancos facilmente dobráveis, conta com a haste para trocas de marchas atrás do volante multifuncional, revestido de couro, porém, é o mais antiquado do trio, à espera da chegada da nova geração.

Entre os sinais de que o tempo passou rápido para o Honda está o cluster sem velocímetro digital e a central multimídia que vem até com um botão “dia/noite” para tornar a tela mais visível em dias mais ensolarados. Mas se espaço é o que você procura, pense no Fit, que pode levar 363 litros no porta-malas, volume facilmente ampliável ao rebater os encostos do banco traseiro.

Acelerando o Peugeot 208 diante dos rivais

Ao dar partida nos três e sair dirigindo é que fica claro que o modelo que mais vale a pena é o Chevrolet Onix Premier. O GM tem o melhor e mais eficiente conjunto mecânico, com motor 1.0, turbo, de três cilindros, que rende 116 cv e consideráveis 16,8 kgfm de torque a meros 2.000. Isso de traduz em respostas rápidas ao pisar no acelerador, subindo de giro com rapidez. No Peugeot, mantiveram o mesmo 1.6 do 208 anterior, cujo rendimento não condiz nem com o visual ou com o nível de sofisticação do carro.

O pessoal da engenharia da PSA ainda teve que mudar o mapeamento do motor, reduzindo o torque para conter o consumo e atingir os níveis de emissões necessários. Então, sobraram 15,5 kgfm a altos 4.000 rpm, prejudicando as retomadas.

Portanto, falta força nas primeiras marcações do contagiros. Aliás, por falar nele, se quiser vê-lo com clareza no cluster terá que configurar para que ele apareça no centro. Entretanto, a suspensão ficou bem ajustada, garantindo boa estabilidade nas curvas, embora o carro mercesse rodas maiores que as de aro 16 montadas 195/55R.

Se o GM e o Peugeot têm algum apelo esportivo, esqueça isso no Honda. O Fit é para ser dirigido sem nenhuma pressa. O motor é o bem conhecido 1.5 de 116 cv e modestos 15,3 a estratosféricos 4.800 rpm. Some-se a isso o câmbio CVT e prepare o espírito para um passeio tranquilo.

E não adianta muito tentar formar a barra acionando o modo “sport” ou trocando as marchas atrás do volante, já que são estágios que simulam 7 marchas. Há controles eletrônicos de estabilidade e tração, mas os pneus são os mais estreitos do trio (185/55R 16).

A maior eficiência do Onix fica evidente pela média de consumo, conforme dados do Inmetro. Na cidade, faz 11,9 km/l com gasolina, ante 11 km/l do 208 e 12,3 km/l do Fit, que acaba gastanto mais que o GM na estrada (14,1 km/l, ante 15,1 km/l), mas menos que os 13,2 km/l do Peugeot, o que mais consome dos três, mesmo com os novos ajustes no motor.

Com etanol, em trecho urbano, empate entre o GM e o Honda, com 8,8 km/l, ante 7,7 km/l do Peugeot, mas o golpe final do Onix é na estrada, com o combustível vegetal, ainda conforme o Inmetro, com 10,7 km/l ante 9,9 km/l do Fit e 9,3 km/l do 208.

Conclusão

O Chevrolet Onix sai com a vitória pelo conjunto mais eficiente e melhor relação entre custo e benefício. Em seguida, fica o estreante Peugeot 208 , que vale mais a pena na versão intermediária Allure e poderia vir com um motor mais moderno. E o Honda Fit se mantém como o mais versátil do trio, espaçoso, mas sedento por novidades, já que está uma geração atrás da que é vendida no Japão e com mecânica ainda mais atrasada.

Ficha técnica

Chevrolet Onix Premier

Preço: a partir de R$ 81.890 (Premier 2)

Motor: 1.0, três cilindros, flex, turbo

Potência: 116 cv (E) / 116 cv (G) a 5.500 rpm

Torque: 16,8 kgfm (E) / 16,3 kgfm (G) a 2.000 rpm

Transmissão: Automático, seis marchas, tração dianteira

Suspensão: Independente, McPherson (dianteira) / eixo de torção (traseira)

Freios: Discos ventilados (dianteiros) / tambor (traseiros)

Pneus: 195/55 R16

Dimensões: 4,16 m (comprimento) / 1,73 m (largura) / 1,48 m (altura), 2,55 m (entre-eixos)

Tanque: 44 litros

Porta-malas: 275 litros

Consumo gasolina: 11,9 km/l (cidade) / 15,1 km/l (estrada), com etanol e 8,3 cidade e 10,7 km/l na estrada, com gasolina

0 a 100 km/h: 10,1 segundos

Velocidade máxima: 187 km/h

Honda Fit EXL

Preço: a partir de R$ 88.200

Motor: 1.5, quatro cilindros, flex

Potência: 115 cv (G) / 116 cv (E) a 6.000 rpm

Torque: 15,3 kgfm (G) / 15,2 (E) a 4.800 rpm

Transmissão: automática, CVT, simula 7 marchas, tração dianteira

Suspensão: Independente, McPherson (dianteira) / eixo de torção (traseira)

Freios: Discos ventilados (dianteiros) / tambor (traseiros)

Pneus: 186/55 R16

Dimensões: 4,10 m (comprimento) / 1,70 m (largura) / 1,53 m (altura), 2,53 m (entre-eixos)

Tanque: 45 litros

Porta-malas: 363 litros

Consumo etanol: 8,3 km/l (cidade) / 9,9 km/l (estrada)

Consumo gasolina: 12,3 km/l (cidade) / 14,1 km/l (estrada)

0 a 100 km/h:12 segundos

Velocidade máxima: 172 km/h

Peugeot 208 Griffe 

Preço: a partir de R$ 94.990

Motor: 1.6, quatro cilindros, flex

Potência: 115 cv (G) / 118 (E) a 5.750 rpm

Torque: 15,4 kgfm a 2.000 rpm (E) / 15,5 kgfm a 4.000 rpm (G)

Transmissão: Automático, seis matchas, tração dianteira

Suspensão: Independente, McPherson (dianteira) / Eixo de torção (traseira)

Freios: Discos ventilados (dianteiros) / tambor (traseiros)

Pneus: 195/55 R16

Dimensões: 4,06 m (comprimento) / 1,74 m (largura) / 1,45 m (altura), 2,54 m (entre-eixos)

Tanque: 47 litros

Porta-malas: 265 litros

Consumo etanol: 7,7 km/l (cidade) / 9,3 km/l (estrada)

Consumo gasolina: 11 km/l (cidade) / 13,2 km/l (estrada)

0 a 100 km/h:  12 s

Máxima: 190 km/h




Fonte: IG CARROS

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