Será que você precisa mesmo de tanta tecnologia embarcada?
A indústria automotiva passa pela maior transformação desde o invento da linha de montagem em série, há quase 90 anos, quando Henry Ford revolucionou o setor. Temas como eletrificação, sistemas autônomos, além de uma série de novos dispositivos de segurança e que aumentam a eficiência em vários aspectos estão em pauta hoje em dia.
Não resta dúvida de que é preciso avançar, mas durante a longa caminhada na nova era da mobilidade que estamos vivendo podem aparecer alguns tropeços. São itens que ainda precisam ser aperfeiçoados, mas fazem parte do desenvolvimento tecnológico até chegar no sistema autônomo de nível 5, o último estágio, que exíngue a necessidade de um condutor humano.
Já dirigimos centenas de modelos, de várias fabricantes e, de vez em quando, aparecem dispositivos que até são bem intencionados, mas que no dia a dia acabam não sendo tão eficientes quanto deveriam. Quer um exemplo? São raros os alertas de mudança de faixa que funcionam bem de verdade, ainda mais nas pistas mal conservadas que se espalham pelo Brasil.
Uma vez acionado, o dispositivo mostra um sinal de que você está fora da faixa e, na maioria dos casos, tenta aplicar uma discreta força no volante para trazer o carro de volta à trajetória considerada ideal pelo sistema. Sim, mas não necessariamente para quem está dirigindo…Então, imagine andar pela Marginal Pinheiros, na capital paulista, com o volante vibrando e um “pipipi” de alerta tocando toda hora. Ainda bem que é possível desligar.
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Os leitores de placas também nem sempre conseguem ajudar até por causa das mudanças dos limites de velocidade nas vias brasileiras. Então, mais uma vez, só nos resta seguir em frente e ignonar o que mostra o sistema, que chega a acertar os limites em algumas ocasiões, mas que, no cômputo geral, acaba errando.
Exagero?
A luz que avisa sobre veículos no ponto cego pode ser bem útil, contanto que esteja bem posicionada e com uma lâmpada que veja visível mesmo em situações como neblina e tempestades. Não adianta colocar uma luzinha na ponta do espelho retrovisor que fica quase impossível de enxergar se cair uma chuva um pouco mais forte.
No lugar do alerta de ponto cego , há fabricantesque decidiram adotar uma câmera que acionada apenas quando a seta da esquerda é acionada para gerar uma imagem na tela da central multimídia. Estou para ver quem resolve olhar para a tela e não para o retrovisor na hora de mudar de faixa.
E existem alertas de iminência de colisão frontal um tanto exagerados, que fazem um certo escândalo só por causa de uma ultrapassagem passando um pouco mais perto do carro da frente. Os avisos chegam a emitir uma forte luz vermelha, bem na cara do motorista e com um sinal sonoro capaz de dar susto até no Chuck Norris.