Veja 5 curiosidades sobre o Ford EcoSport, que se despede do Brasil
Enquanto o segmento dos SUVs compactos cresce no Brasil, teremos que dizer adeus para o primeiro deles. Após 17 anos no mercado, o Ford EcoSport se despede do nosso país sem deixar um substituto direto. Como parte da reestruturação global, a fabricante optou por fechar as linhas de produção em Camaçari (BA) e Taubaté (SP), encerrando sua participação na indústria nacional.
O EcoSport foi um verdadeiro sucesso de vendas, principalmente em sua primeira geração. O modelo que abriu as portas para Renegade, HR-V e T-Cross deixará uma legião de fãs órfãos, que não o encontrarão nas concessionárias nos anos seguintes. Como uma homenagem a este modelo tão importante, a reportagem do IG Carros preparou uma lista com cinco curiosidades sobre o EcoSport . Acompanhe.
1 – Um dos pais do EcoSport
Montar um carro é uma tarefa tão complexa que apontar apenas uma pessoa como “o pai” pode ser injusto. Mas o engenheiro Márcio Alfonso, hoje CEO da Caoa Chery , foi um dos responsáveis por viabilizar o “Projeto Amazon” para a produção de um SUV compacto inédito no Brasil durante a virada do milênio.
Durante seus 37 anos de Ford , Alfonso proporcionou a construção do complexo de Camaçari para a produção de um novo modelo inédito. Após a apresentação do conceito no Salão do Automóvel de 2002, o EcoSport chegou no mercado no ano seguinte, logo se tornando um objeto de desejo da classe média brasileira.
Depois de sua passagem na Ford, Alfonso foi para a Caoa Chery , onde se tornou diretor de engenharia antes de ser promovido a CEO da marca chinesa no Brasil.
2 – Tecnologia da Mazda
A Ford chegou a ser dona de 34% das ações globais da fabricante japonesa Mazda no começo dos anos 2000. Foi exatamente o período em que a marca, que vendeu modelos emblemáticos como MX-3 e MX-5 por aqui, deixou de atuar no mercado brasileiro.
Um fato interessante é que, em abril de 2004, a Ford lançou a primeira versão do EcoSport 4WD, onde o sistema de tração nas quatro rodas era desenvolvido pela Mazda. O modelo tinha motor 2.0, de 143 cv de potência e 19,2 kgfm de torque, com câmbio manual de cinco marchas.
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3 – Cara de Land Rover
Você se lembra da primeira reestilização do EcoSport? Entre suas principais características, o modelo passou a levar o nome à frente do capô, em um arranjo semelhante ao Land Rover Freelander . Um desavisado poderia imaginar que a Ford plagiou a fabricante britânica, mas a inserção do nome não fere nenhum caráter jurídico.
Isso porque a Ford era dona da Land Rover durante a reestilização do EcoSport . A fabricante americana comprou a marca britânica em 2000, quando o Grupo BMW , então dono da Land Rover , decidiu vender algumas montadoras para ficar apenas com a Mini . A Ford ficou com a Land Rover até 2008, quando optou por vender a marca ao grupo indiano Tata Motors .
4 – O polêmico estepe na traseira
Há quem diga que um dos problemas do EcoSport foi manter o estepe acoplado à tampa do porta-malas em sua geração mais recente. A decisão ia de encontro com o que já estava sendo proposto para o segmento dos SUVs compactos, que deixaram a estética aventureira de lado para assumir características mais urbanas.
Um fato curioso é que, apesar do EcoSport ser um projeto brasileiro, o modelo sem o estepe no porta-malas foi lançado primeiro na Europa em 2015. O recurso chegou ao mercado nacional apenas em 2019, com o lançamento do EcoSport Run Flat, que tem pneus que podem rodar furados.
5 – Mais em conta no Brasil
Outro fato interessante sobre o EcoSport nacional é que ele é mais barato que o modelo americano na conversão direta. No Brasil, quem deseja comprar um EcoSport zero quilômetro terá que gastar ao menos R$ 80.490 para levar a versão SE, com motor 1.5 de três cilindros de 137 cv.
Nos Estados Unidos, o modelo parte de US$ 19.995 (R$ 105 mil) na versão básica S, com motor 1.0 turbo de 123 cv de potência. O mesmo se repete na Europa, onde o EcoSport mais barato custa 23 mil euros (R$ 147 mil).