O câncer de mama não é uma doença comum somente entre os humanos. No mundo animal, por exemplo, ele também é bastante frequente. Segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária, ele atinge 45% das cachorras, sendo que metade desses casos são tumores malignos.
Principais causas
O câncer de mama é uma doença multifatorial, isto é, não existe uma única causa para o aparecimento. No entanto, de acordo com a médica veterinária Kelly Moura, o estímulo hormonal é a principal causa do tumor de mama em cadelas. Mas há outros fatores que também podem contribuir para o surgimento da doença, como a obesidade.
Sintomas e diagnóstico
O câncer de mama é uma doença silenciosa e que avança rapidamente. Com diagnóstico precoce é possível iniciar os tratamentos o quanto antes e aumentar as chances de vida do pet. Por isso, é essencial estar atento aos sintomas, que são: inchaços, dores, secreções e caroços na região mamária. Conforme explica a médica veterinária Kelly Moura, o diagnóstico também pode ser feito por meio de exames clínicos, como tomografias computadorizadas, radiografias de tórax e ultrassonografias de abdômen.
Tratamentos para a doença
Segundo Kelly Moura, o tratamento mais indicado para o câncer de mama em cachorras é a remoção da cadeia mamária e dos linfonodos. “Após o processo cirúrgico, a cachorra deve ser cuidada à base de anti-inflamatórios, analgésicos e antibióticos”, acrescenta. Em casos mais graves, a opção complementar à cirurgia é a quimioterapia. Ela é realizada através da administração de medicamentos pela corrente sanguínea. É um tratamento que dura, em média, quatro meses.
Retorno do câncer
De acordo com Kelly Moura, o regresso da doença pode ocorrer em duas situações: quando a cadeia mamária e os linfonodos não são retirados completamente, ou quando o câncer é muito agressivo e há uma metástase (migração das células cancerígenas para outro local do corpo – o pulmão costuma ser o principal destino).
Prevenindo a doença
As chances de câncer em cachorras podem ser reduzidas com algumas medidas de prevenção. A médica veterinária explica que a castração após o primeiro cio previne em até 95% as chances de desenvolver a doença. Caso a castração ocorra depois do segundo cio, essa taxa cai para 85%. Se for realizada após o terceiro cio, as chances de prevenção são de 70%. “A castração precoce é a principal maneira de prevenção. Não vai adiantar nada castrar quando a cadela tiver três anos. Isso porque ela já foi exposta aos hormônios responsáveis pela formação dos tumores”, enfatiza Kelly Moura.
Fonte: IG PET