O faro dos cachorros é um dos mais poderosos do reino animal e uma pesquisa realizada pela Queen’s University, do Reino Unido, aponta que os cães podem perceber o estresse dos tutores pelo olfato. Segundo a análise, a precisão é de 93,7% e “o cheiro do estresse” é reconhecido pelo suor e pela respiração dos humanos.
O estudo envolveu quatro cães de Belfast – Treo, Fingal, Soot e Winnie – e 36 pessoas. Os pesquisadores coletaram amostras de suor e respiração dos participantes antes e depois de resolverem um problema de matemática difícil. A partir daí, os participantes relataram seus níveis de estresse antes e depois da tarefa e os pesquisadores usaram apenas amostras em que a pressão arterial e a frequência cardíaca da pessoa aumentaram.
De acordo com a Queen’s University, os cachorros foram ensinados a pesquisar uma linha de cheiros e alertar os pesquisadores sobre a amostra correta. As amostras de estresse e relaxamento foram então introduzidas, mas nesta fase os pesquisadores não sabiam se havia uma diferença de odor que os cães pudessem detectar.
No total, o estudo descobriu que, dos 700 testes realizados pelos estudiosos, em mais 650 os cães identificaram pelo suor e pela saliva que a pessoa estava estressada.
A médica veterinária Joana Barros, da Gaia Medicina Veterinária Integrativa, conta que os cachorros têm 220 milhões de receptores olfativos em comparação com os 50 milhões dos humanos, o que os torna mais eficazes na diferenciação e identificação de odores.
“Um outro estudo mostrou para nós que os cães não só farejam o nosso estresse, mas também sentem o efeito dele e de outras emoções como medo e felicidade. Às vezes, o animal pode ficar mais agitado e estressado se o dono também estiver. Como esses bichinhos têm uma capacidade olfativa aguçada, é preciso prestar atenção ao que vamos passar para eles para uma boa relação”, destaca a especialista.
Além disso, ofaro apurado dos cães é muito útil para o Corpo de Bombeiros e para a Polícia Militar, pois auxiliam na busca por drogas ilícitas e armamentos em aeroportos, ajudam na busca por vítimas em desastres, de pessoas desaparecidas ou fugitivas e até mesmo a encontrar sinais de doenças comuns e, como mais recentemente, a identificar sinais do vírus causador da Covid-19 .
O adestrador e zootecnista Cláudio Fudimoto disse ao Canal do Pet que existem sim raças específicas para cada tipo de trabalho e, por isso, se preza muito pela criação consciente dos animais.
“Nós fazemos uma seleção genética, um melhoramento genético, a fim de selecionarmos cães cada vez mais aptos ao trabalho de cães farejadores. Esse não é um trabalho fácil de se fazer, tanto para o homem, na condução do adestramento, quanto para os cães, porque esse é um desafio enorme”, conta o adestrador.
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Fonte: IG PET