O Dogue Canário surgiu em meados dos séculos 15 e 16, quando invasores espanhóis chegaram às Ilhas Canárias, um arquipélago localizado ao noroeste da África. Não se sabe ao certo quais raças se misturaram, mas se aponta que tenham sido os cães do tipo molosso (Mastim), levados pelos colonizadores, que se cruzaram com cães da raça nativa Perro de Ganado Majorero.
Assim como o seu ancestral africano, o Dogue Canário se tornou um cão inteligente, muito forte e com um perfil dócil e protetor, por isso muito utilizado para a proteção de propriedades e rebanhos.
Com o passar dos anos, criadores começaram a incluir novas raças para adicionar características aos cães, entre elas estavam as raças Presa Espanol, Alano (Buldogue Espanhol) e Bardino Majorero. As misturas adicionaram inteligência, instintos de caça e força física.
Infelizmente, esses eram os “ingredientes” que precisavam para uma atividade nada nobre a qual esses cães eram expostos: a rinha de cães. Mesmo após se tornar ilegal, na década de 1940, a prática continuou de forma clandestina por décadas, além da caça e extermínio de animais selvagens (incluindo outros cães).
Com o tempo, a chegada de raças como Pastor Alemão , Doberman e Dogue Alemão , ao arquipélago fez com que o interesse pelo Dogue Canários caísse drasticamente e a raça quase desaparecesse. Em 1970, alguns criadores se dedicaram a recuperar a raça, diminuindo sua agressividade.
Já em 1982 foi criada uma associação dedicada a propagar o nome da raça, que teve seus padrões definidos em 1989 e aceitos oficialmente pela FCI somente em 2001.
A personalidade do Dogue Canário
A raça também é conhecida pelos nomes Dogo Canario ou Perro de Presa Canario, ao contrário do que se pode pensar ao ver um cão com o perfil protetor, instinto de caça e grande força física, o Canário é um animal bastante dócil e calmo.
Muito leal aos membros da família, esse cão pode conviver bem com crianças e com outros animais de estimação, mesmo com gatos. Com estranhos a situação é um pouco diferente, mas não é uma raça que tende a atacar sem motivo – logo, se um Dogue Canário rosnar, apenas recue.
Por ser um cachorro muito inteligente, tem facilidade para aprender comandos – embora seja um pouco teimoso, às vezes. O ideal é que sejam socializados desde filhotes.
Apesar de seu tamanho, que pode chegar a 65 centímetros, não é um desses cães que parece não ter noção do próprio tamanho, sendo bastante equilibrado, usando de sua força apenas em casos em que se sinta ameaçado.
Os principais cuidados
Com uma pelagem curta e áspera, não requer tanto trabalho dos tutores, precisando ser escovados uma ou duas vezes por semana, para a remoção de pelos mortos. A raça apresenta uma espécie de subpelo nas regiões do pescoço e das coxas.
Os banhos também não precisam ser tão frequentes, a menos que o animal se suje muito, dar um banho a cada 15 ou 30 dias já será o suficiente. Cuidados com a limpeza das orelhas e olhos são importantes com uma maior frequência, assim como a manutenção das unhas e escovação dos dentes.
O Dogue Canário é um cachorro saudável e não tende a sofrer com doenças específicas da raça. Porém, por ser um cão de grande porte, doenças como a displasia coxofemoral e torção gástrica podem afetar a vida do pet. Além disso, como se trata de uma raça habituada a climas tropicais, requer alguns cuidados durante as épocas mais frias do ano.
No mais, mantendo uma vida ativa com exercícios físicos, uma alimentação de qualidade e visitas regulares ao médico veterinário, o Dogue Canário tem tudo para ter uma vida longa e feliz.
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Fonte: IG PET